Cena do crime:
Estavam todos felizes no carro, quando uma garotinha pede para a sua madrasta para pegar no colo seu irmãozinho de parte de mãe, só que ela desequilibrou e deixou seu irmãozinho cair. A madrasta dessa garotinha se descontrola e agride violentamente essa menina de apenas 5 anos. Isso num trajeto entre um supermercado e o apartamento da família. Chegando no apartamento, a garotinha estava calada e agredida. O pai, leva a garotinha para o apartamento, a garotinha estava fraca. Para não causar suspeitas, ele sobe com a garotinha para o apartamento (que fica no 6º andar). Só que ao chegar lá em cima ela começa a gritar por socorro. A madrasta pega a garotinha e a sufoca apertando na garganta da garotinha, que, sufocada, perde os sentidos.
O pai então, vendo aquilo, pensou que a garotinha estava morta, ele se desespera e leva a garotinha para o quarto, rasga a tela de proteção da janela e joga a garotinha.
Essa é a versão apontada pela Polícia do crime da garotinha Isabela Nardoni. Versão essa montada depois de várias perícias e depoimentos de testemunhas.
Os indícios do crime estavam em todos os lugares no apartamento e no cenário do crime:
* Havia sangue da Isabela no carro, nas escadas e no apartamento.
* As marcas de asfixia e de unhas no pescoço da garota eram de uma mão feminina
* Havia uma pegada de um homem na cama que fica próxima da janela (pegada essa que coincide com o sapato do pai da garota).
Com isso, percebemos como a polícia trabalhou brilhantemente nesse caso. Mas vamos comparar com uma versão de um crime parecido com a da garota Isabela, sendo o cenário e as pessoas, de alguma favela brasileira.
Cena do crime:
Os pais e a garotinha não estariam num carro, a agressão seria pública. Mesmo se não fosse, a agressão seria na casa da família, chamando assim a atenção dos vizinhos que logo denunciariam a agressão. A polícia chegaria e prenderia o casal na hora. O casal estaria preso e a garotinha estaria na casa de parentes.
Mas... se os vizinhos não tivessem ouvindo e a garotinha fosse lançada da laje, ou da ponte, ou de qualquer lugar alto, os pais seriam os suspeitos e seriam presos. E se os pais não fossem os suspeitos, o crime seria arquivado, a garota seria enterrada como indigente e tudo ficaria por isso mesmo.
Mas a polícia iria trabalhar (ou não) nesse caso. Então, qual é a diferença se a Isabela fosse uma favelada? Se a Isabela não fosse da família dos Nardoni? Não fosse neta de um grande advogado paulista?
A diferença é: Se a Isabela fosse pobre, você NUNCA iria ficar sabendo desse caso!
[Que a justiça seja feita como ela deve ser feita]
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